sábado, novembro 24, 2007

PRÉDIO QUE AMEAÇA DESABAR HÁ DÉCADAS CONTINUA INCOMODANDO

Especial para o Jornal Edição do Brasil
Publicado na edição n° 1290, de 4 a 11 de novembro de 2007

Quem passa pela avenida Amazonas, esquina com rua Tupis, no centro de Belo Horizonte, depara com um edifício abandonado há muitos anos e que chama a atenção de todos. O prédio foi construído em 1945 e, por um pequeno problema de inclinação, detectado ainda na década de 1950, acabou sendo condenado pela prefeitura, fazendo com que as pessoas que moravam ali se mudassem.

O nome oficial do imóvel é Edifício Tupis, no entanto, após ser abandonado, passou a ser chamado de “balança-mas-não-cai”. Apelido que sustenta até hoje. Há várias décadas a população convive com o espaço interditado e ninguém sabe ao certo que fim terá o gigante de 17 andares. Vários boatos de que o prédio seria implodido ou reformado já surgiram, mas não passou de especulação.

A população fica amedrontada ao passar em frente o edifício

Parece que finalmente a situação do edifício será resolvida. Segundo uma fonte que prefere não se identificar, a venda do prédio está em negociação.

O problema é que o novo dono precisará gastar mais dinheiro para adequá-lo às normas de segurança. Segundo o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), o Corpo de Bombeiros, ao fazer uma vistoria no local, em junho passado, constatou ali a existência do risco de acidentes.

O chaveiro Cláudio de Assis, de 43 anos, trabalha ao lado do edifício abandonado. Ele afirma ter conhecido dois dos antigos donos do prédio. Ambos já morreram. Segundo ele, algumas lojas que ainda resistiam em funcionar no andar térreo, acabaram sendo fechadas, devido às precárias condições de segurança do local.

A imagem atual do edifício causa certo desconforto às pessoas que circulam nas proximidades. O forte mau-cheiro causado por fezes e urina de mendigos que costumam ficar no local, é outro problema sério e desagradável. A nossa reportagem tentou contatar o suposto dono atual do prédio, mas pessoas que o conhecem disseram que ele prefere não ser identificado.

Resta, portanto, aguardar o passar do tempo para que se confirme o que o futuro reserva para o famoso “balança-mas-não-cai”.