quinta-feira, março 20, 2008

DESEMPREGO É PREOCUPAÇÃO MUNDIAL E SINE/BH ORIENTA TODOS OS CANDIDATOS

Especial para o Jornal Edição do Brasil Publicado na edição n° 1307, de 16 a 23 de março de 2008

Um dos grandes problemas enfrentados pela humanidade ao redor do mundo nas últimas décadas é a questão do desemprego. Situação que piora a cada dia, principalmente nos países subdesenvolvidos. Este fenômeno é visto com p
reocupação por dirigentes de diversos países, que tentam minimizar o problema, cada um a seu modo.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa de desemprego mundial ficou em 6% em 2007, embora o número de desempregados tenha sofrido um aumento de 2,9 milhões. Já na América Latina, a taxa atingiu 8,5% da população.

As previsões da OIT para este ano não são muito satisfatórias. Devido à crise no setor de financiamento imobiliário nos Estados Unidos e a contínua alta do petróleo, o mundo poderá fechar 2008 com mais cinco milhões de desempregados. Por outro lado, estima-se que sejam criados 40 milhões de novos postos de trabalho este ano.

No Brasil, a taxa de desemprego nas seis principais capitais ficou em 9,3% em 2007, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, trata-se da menor taxa desde 2002, quando se deu início à pesquisa em São Paulo, Rio de Janeiro. Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Recife.

Em Belo Horizonte, somente na agência do Sistema Nacional de Empregos (Sine), na Praça Sete, cerca de 1500 pessoas, em média, comparecem diariamente na esperança de conquistar uma vaga de emprego. Segundo Jane Maria de Fátima Coutinho, 53 anos, diretora de atendimento ao trabalhador, os candidatos fazem um cadastro e, na medida que as empresas disponibilizam as vagas, o Sine busca a pessoa com o perfil adequado. Para cada vaga, são enviados três candidatos.

Jane diz que o Governo de Minas tem se preocupado com os altos índices de desemprego no estado. Um exemplo é o Programa de Competências Básicas para o Trabalho, iniciado em 2004. Este programa visa aumentar as possibilidades de o trabalhador desempregado ser re-inserido no mercado de trabalho através de palestras que abrangem vários temas, como o resgate da auto-estima, participação em entrevista, elaboração de currículo etc. Além disso, o Sine ministra um curso de informática e aulas do Telecurso, tudo isso sem nenhum ônus para o trabalhador.Jane lamenta que as pessoas partam em busca de trabalho em outros países

A diretora do Sine diz ainda que, em alguns casos, a capacitação profissional não é suficiente para que o candidato seja contratado. Leva-se em conta a questão do local onde ele mora, quantos vales-transporte necessita, quanto tempo gasta para chegar ao trabalho etc. Para Jane, o objetivo do Sine não é somente inserir as pessoas no mercado de trabalho. Existe também uma preocupação com a questão da cidadania e o aumento da auto-estima dos candidatos.

Para ajudar na motivação do candidato o Sine disponibiliza onze cartilhas com diversos temas, como Cliente Satisfeito, Os desafios da Juventude, Relações Humanas e éticas, Saúde e segurança no Trabalho etc.

Jane argumenta que é lamentável que alguns brasileiros partam em busca de trabalho em outros países. Segundo ela, a pessoa deve se dispor a fazer o que sabe, e não ficar escolhendo. Ela cita exemplos de pessoas simples que vendem doces nas ruas. A diretora diz que, se não é possível encontrar um trabalho fixo, é necessário que a pessoa tome uma iniciativa e busque uma maneira informal para manter a sobrevivência da família. E que os pais devem instruir os filhos desde crianças para serem bem educados, terem disciplina e saberem dos seus limites. Isso o ajuda, quando adulto, na hora de concorrer à uma vaga de emprego. “A profissão começa no berço”, conclui Jane.

A diarista Francisca Rosinete de França, 32 anos, elogia a iniciativa do Programa de Competências Básicas, citado anteriormente. Com o segundo grau completo e desempregada há mais dois anos, ela está fazendo o curso de informática no Sine.

Francisca, que já trabalhou antes como babá, espera que, com os conhecimentos adquiridos no curso, ela possa ter boas oportunidades e maiores chances de conseguir o tão sonhado emprego. “Bom demais! Vai me ajudar muito”, diz Francisca otimista. O atendimento do Sine na praça Sete é de 2ª a 6ª feira, das 07:30h às 17:30h.

sábado, março 08, 2008

CONCLUIR UM CURSO UNIVERSITÁRIO EXIGE MUITO ESFORÇO E DEDICAÇÃO

Especial para o Jornal Edição do Brasil Publicado na edição n° 1305, de 02 a 09 de março de 2008

Depois de quase quatro anos freqüentando as aulas do curso de jornalismo, é chegado o momento de se preparar para o grande desafio: a monografia. A escolha do tema, pré-projeto, pesquisas e muito corre-corre. Afinal, é necessário que se produza um trabalho muito bem elaborado, seguindo fielmente as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), ou, do contrário, corre-se o grande risco de ter sua monografia reprovada. O que fazer? Enfrentar o desafio ou simplesmente comprar a monografia?

No decorrer do curso há sempre aquele aluno que está em busca de apenas um diploma e não de conhecimento. Esse se torna alvo de profissionais desprovidos de ética que, visando lucro, se oferecem para colocar as mãos na massa e produzir a monografia, aliás, qualquer tipo de trabalho acadêmico, principalmente através da Internet.

Nossa equipe enviou um orçamento para uma determinada empresa que elabora trabalhos acadêmicos da maneira que o cliente escolher. Todo o processo de negociação é feito pela via web. Foi enviada uma ficha cadastral com dados fictícios de um suposto aluno do curso de jornalismo para a tal empresa, e em poucas horas recebemos a resposta com o valor e a forma de pagamento. No entanto, um detalhe importante chamou a nossa atenção. Ninguém assina o documento. No nosso caso, a monografia de 60 páginas, abordando o tema: “Os idosos e a solidão”, sairia por R$ 600,00. Valor que poderia ser dividido em até 24 parcelas.

Mirian Sousa Alves, professora do curso de jornalismo da Estácio de Sá, lamenta que haja esse tipo de serviço. Para ela, o aluno acaba iludido com a promessa de ter a monografia tão facilmente, se esquecendo que, no momento da apresentação, ele passará por um teste que exigirá seus conhecimentos sobre o tema ali proposto. Mirian diz que é muito fácil descobrir se a pessoa é a autora do documento.

Segundo Mírian Alves, o aluno acaba iludido com a promessa de ter a monografia tão facilmente

Em função disso, ela argumenta que é pouco provável que o aluno se arrisque entrar neste barco. Justamente para evitar este procedimento, o aluno tem um orientador à sua disposição, o que o faz mostrar todo o processo de elaboração da sua monografia, assim como tirar todas as dúvidas e fazer as devidas correções. “Isso é um absurdo”, diz a professora.

Um dos maiores problemas enfrentados pelos alunos ao produzirem suas monografias é a elaboração do texto, conforme afirma Mirian. Segundo ela, muitas vezes o aluno tem conhecimento do assunto que é tema do seu trabalho, porém não está preparado para colocar suas idéias no papel. Ela lamenta que não haja mais interesse pelas oficinas da língua portuguesa que são ministradas gratuitamente nas dependências da faculdade, o que seria muito útil nessa etapa final do curso.