terça-feira, outubro 16, 2007

A LONGEVIDADE PEDE PASSAGEM

Especial para o Jornal Edição do Brasil
Publicado na edição n° 1287, de 14 a 21 de outubro de 2007

No último dia 1° foi comemorado o Dia Internacional do Idoso. A terceira idade, cobiçada por uns e temida por outros, está cada dia mais se alongando a ponto de surgir um novo termo para as pessoas com idade acima de 80 anos. A quarta idade. Devido aos cuidados especiais tomados por essa gente, a longevidade abre caminho e hoje já é comum encontrar aqueles que vivem mais de um século. À medida que o mundo se evolui a expectativa de vida da humanidade aumenta consideravelmente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem hoje no Brasil mais de dez mil pessoas com cem anos ou mais.

Se analisarmos o início do século XX podemos ter uma idéia das mudanças ocorridas no tempo de vida dos brasileiros. Dados do mostram que, em 1900, a expectativa de vida do brasileiro era de apenas 33,4 anos. Em 2000, passou para 64,8 e no ano passado chegou a 72,4. Em Minas Gerais, essa expectativa, em 2006, era de 74,4 anos. Estima-se que em 2050 o número de brasileiros com mais de 80 anos supere o de jovens com idade entre 20 e 24 anos.

Assim como no Brasil, outros países mundo afora estão vivenciando esta transformação. É o caso do Japão, onde a população com mais de 80 anos atingiu, em 2007, a casa dos sete milhões, o que representa quase 6% da população japonesa, conforme dados do Ministério de Assuntos Internos e Comunicação daquele País.

O aumento na expectativa de vida faz com que haja mais preocupação com as pessoas que estão tendo esse privilégio de passar dos 60. Com o intuito de desenvolver atividades específicas para a terceira idade, o Serviço Social do Comércio (SESC), iniciou, ainda em 1976, um trabalho voltado para esse público, se tornando pioneiro nessa prestação de serviços. Há exatos 31 anos, portanto, surgia o primeiro grupo de idosos no SESC Carlos Prates, em Belo Horizonte.

Qualidade de vida

Fernando Penido é responsável pelo trabalho social com os idosos do Sesc

Fernando Penido, responsável pelo trabalho social com os idosos do Sesc, conta que naquela época eles procuravam a instituição em busca de lazer. Diante dessa demanda, surgiu a idéia de lançar um programa. Através da formação de grupos de convivência, esse programa inclui atendimento na área da saúde, com a medicina preventiva, turismo social, cultura, esportes e lazer.

Conforme explica Fernando, são desenvolvidas diversas atividades com a terceira idade. A maioria delas é terceirizada, mas cada grupo tem um funcionário do Sesc responsável por ele. Dentre as inúmeras atividades oferecidas pela instituição na Capital e no interior de Minas, estão hidroginástica, natação, Ioga, caminhadas dança de salão, artes cênicas, trabalhos artesanais, dinâmica de grupo, recreação etc.

A quarta idade, termo que está se tornando comum no Brasil e que é usado para as pessoas acima de 80 anos, é outra preocupação do Sesc/MG. Recentemente ocorreu em Belo Horizonte o Fórum Técnico “Quarta Idade, Nova Perspectiva do Tempo”. O evento teve como objetivo tratar dos assuntos relacionados aos aspectos genéticos e ambientais da vida na quarta idade, a importância das atividades físicas, sociais e culturais para se alcançar uma longevidade saudável.

Em tempos de globalização o Sesc não fica atrás. Os idosos que são seus associados têm à sua disposição um curso de informática. Essa é uma maneira de fazer com que aprendam a ter contato com o computador, visto que o indivíduo do mundo moderno precisa se familiarizar com as novidades na comunicação. Além disso, aqueles que tiverem interesse em aprender outro idioma, têm a oportunidade de fazê-lo através do curso de idiomas oferecido pelo Sesc.

Viaja Mais

Pensando no bem estar dos brasileiros “mais experientes”, o governo federal também faz a sua parte. Ele lançou no mês passado o Programa Viaja Mais-Melhor Idade, visando oferecer pacotes turísticos com preços especiais para as pessoas com mais de 60 anos, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além da vantagem nos preços, é oferecido crédito consignado, com desconto na folha do INSS, juros de 1% e parcelamento em até 12 vezes.

Segundo Wallace Fernandes, diretor da Alvo Turismo, a procura por viagens através desse programa ainda não decolou totalmente, visto que, no momento, as saídas ocorrem apenas de São Paulo e Brasília. No entanto, o agente de viagens diz que houve um aumento significativo depois que o programa foi divulgado na televisão.

Wallace destaca a praticidade oferecida ao passageiro. Segundo ele, o indivíduo entrega a sua documentação na agência e ela cuida de todo o processo junto ao INSS, no caso da opção por financiamento com desconto em folha, oferecendo um maior conforto ao cliente, uma vez que se trata de pessoas da terceira idade.

Geisa Maria Emíla Moreira, vice-presidente do Conselho Estadual do Idoso, acha que qualquer iniciativa que favoreça a socialização do idoso é de extrema importância, no entanto, ela diz que o programa Viaja Mais – Melhor Idade não se estende a todos os idosos. “Nós temos que pensar em incluir não só o idoso de baixa renda, mas o idoso de classe média, o de classe alta, porque todos eles estão alijados daquele que é o espaço social”, alerta.

Geisa informa que recentemente foi criada em Minas Gerais a “Campanha de Valorização da Pessoa Idosa”. Segundo ela, entre os meses de setembro e dezembro o Conselho promoverá nos espaços midiáticos, palestras relacionadas ao processo de envelhecimento e à velhice no Brasil. Geisa diz ter sugerido ao Conselho Nacional de Direitos dos Idosos (CNDI), em Brasília, que a campanha se torne nacional, “Há necessidade cada vez maior de uma educação também, de uma mudança de cultura em relação ao envelhecimento”, argumenta.

Ela acredita que a divulgação das questões relacionadas ao envelhecimento fará com que as pessoas reflitam e se perguntem sobre o idoso. A vice-presidente convoca os brasileiros e, principalmente os mineiros, a se engajarem na campanha que tem uma proposta diferente para o encerramento. “Dê um presente para o Papai Noel”.

A idéia é arrecadar presentes a título de doações para serem entregues aos diversos !Papais-Noéis”. “Normalmente o velho é visto como o Papai Noel e é aquele que dá presente para o jovem. E a gente quer inverter um pouco essa imagem, pensando no idoso que está sozinho, o idoso que não tem família, pessoas de baixa renda e que não tenham condições tão boas de sobrevida, exatamente por causa das condições sócio-econômica”.

Geisa espera poder contar com a solidariedade de empresários e das empresas que têm a responsabilidade social efetiva, inclusive empresas de fraldas geriátricas, no sentido de doarem objetos para a campanha. Os empresários que tiverem interesse em fazer doações devem ligar para o Conselho Estadual do Idoso: 32229737, das 08:00h às 17:00h, de segunda a sexta feira. Para informações sobre os programas para a terceira idade no SESC, ligue para: 32791424. Programa Viaja Mais-Melhor Idade: 33375367.



terça-feira, outubro 02, 2007

MELHORIAS NA AABB DEPENDEM DE SÓCIOS

Especial para o Jornal Edição do Brasil
Publicado na edição n°1285, de 30 de setembro a 7 de outubro de 2007

Fundada em 1953, a Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB), em Belo Horizonte, acaba de eleger um novo presidente que assumiu o mandato em 1° de setembro. Trata-se do mineiro Carlos Luiz Teixeira Ribeiro, 58 anos, que foi funcionário do BB por mais de 28 anos e está aposentado há cinco. Segundo ele, nos últimos meses ele exerceu um mandato “tampão”, ocupando o lugar do presidente anterior que se afastou da entidade.

Conforme Carlos Luiz, existe hoje mais de 1200 AABBs espalhadas por diversos municípios de todo o país. Cada uma delas com o seu respectivo presidente.

Segundo o novo presidente, vários projetos de melhoria do clube estão na pauta da sua gestão como a reforma dos banheiros, sauna, piscina oval, o aquecimento da piscina semi-olímpica, ampliação da sala de jogos, implementação de uma colônia de férias etc. No entanto, as prioridades dessas obras serão determinadas através de uma pesquisa que será feita entre os sócios, uma vez que eles são os responsáveis por essa definição.

O clube está instalado numa área de 130.000m² às margens da Lagoa da Pampulha, região nobre da capital, e oferece uma excelente infra-estrutura aos seus associados que somam hoje mais de dois mil.

Quem circula pela av Otacílio Negrão de Lima, nas proximidades do Museu de Arte, depara com a beleza do clube que por si só rouba a cena. Nesses tempos de poluição, a bela vista do clube é um colírio para os olhos.

Infra-estrutura

O atual cenário da AABB nem se compara ao de décadas atrás quando o terreno, de proporções bem menores, foi adquirido e, com o passar dos anos, foi ganhando benfeitorias e crescendo até se tornar um exuberante local de lazer.

Pelo tamanho do seu Ginásio Poliesportivo é possível imaginar a grandeza do clube. Ele está preparado para receber 5.000 pessoas e é considerado um dos mais completos de Belo Horizonte. Além de torneios, campeonatos e outros eventos esportivos o ginásio é também palco de shows e convenções.

Dentre as opções para a prática de esporte o clube conta com duas quadras de vôlei, sete quadras de peteca, duas de futsal, uma de basquete e um campo de futebol oficial. Nos finais de semana deverão ser implantadas escolinhas de vôlei e futsal.

O parque aquático é composto por duas piscinas para adultos, sendo uma delas oval e com toboágua e uma semi-olímpica. A garotada tem à sua disposição uma piscina com parque de diversões.

O clube está instalado numa área de 130.000 m², às margens da Lagoa da Pampulha

O salão de festas da AABB é palco de grandes eventos e tem capacidade para receber 800 pessoas confortavelmente, além de ser climatizado e possuir isolamento acústico. O salão é usado para eventos, tanto da própria AABB e do Banco do Brasil, como também é locado por cerimoniais de alto conceito na capital para a realização de suas festas. As comemorações menores são realizadas num espaço alternativo, equipado com churrasqueira, freezer, área de lazer e banheiros.

Além de poder contar com toda essa estrutura os sócios ainda têm à sua disposição um amplo estacionamento para 600 veículos.

Para se tornar sócio da AABB não é obrigatório ser funcionário do Banco do Brasil. Essa possibilidade estende-se aos parentes dos funcionários e também à toda a comunidade, desde que a indicação seja feita por um sócio. O clube não comercializa cotas. O sócio comunitário paga uma taxa de adesão no valor de R$450,00 e R$90,00 de mensalidade. Já para os parentes de funcionários a taxa de adesão cai para R$300,00 e a mensalidade para R$ 60,00. No caso de funcionário não existe a cobrança da taxa de adesão e o valor da sua mensalidade é de R$60,00.

Para que a AABB funcione a todo vapor ela conta hoje com mais de 50 funcionários os quais fazem tudo para manter o clube em ótimas condições de uso. Essa preocupação faz com que o local seja uma excelente opção de descanso e lazer para seus associados.

A proposta do atual presidente é fazer uma gestão colegiada, ou seja, com a participação efetiva dele e de todos os vice-presidentes nas decisões do clube.

Carlos Luiz foi funcionário do Banco do Brasil por mais de 28 anos

Segundo Carlos Luiz, quem administra o clube são os próprios associados, de uma maneira indireta. Ele afirma que a sua administração será compartilhada com os anseios dos sócios. No entanto, pede a colaboração de todos no sentido de ajudar na conservação do clube, preservando a beleza natural que oferece uma melhor qualidade de vida a todos os que desfrutam de momentos agradáveis ali. “Continuem confiando na nossa transparência e na nossa experiência nessa nova gestão”, completa o novo presidente.

Para informações mais detalhadas sobre o clube da AABB, ligue para: 34909900 ou visite o site: www.aabbbh.com.br.