sábado, julho 28, 2007

CONJUNTO JK, A CIDADE VERTICAL QUE VIROU UM MARCO HISTÓRICO

Em 1954, um tal Oscar Niemeyer teve a idéia de projetar um complexo habitacional para Belo Horizonte. A capital das Minas Gerais estava em pleno crescimento e merecia uma obra que se destacasse, uma arquitetura diversificada e que chamasse a atenção, não só pelo tamanho, como também pela beleza!

Vários anos se passaram e em 1963 a obra foi terminada, porém, somente em 1970, o local pode finalmente ser habitado. Exuberante e diferente de tudo que havia na época, o trabalho de Niemeyer levou o nome do então governador de Minas, Juscelino Kubitschek e passou a ser conhecido como “Conjunto JK ou Edifício JK”.

O núcleo é composto por duas torres, sendo o bloco A, com 26 andares, 647 apartamentos e 76 metros de altura. O bloco B, por sua vez, possui 34 andares, 439 apartamentos e 100 metros de altura, o que o faz o edifício mais alto de Belo Horizonte. No topo dessa torre está o relógio mais conhecido da cidade que é patrocinado pelo Banco Itaú. Uma fonte interna do edifício não quis revelar o valor pago pelo banco para usar o espaço, alegando ser um assunto confidencial. 10 elevadores na torre A e 7 na B, garantem o transporte das milhares de pessoas que transitam diariamente no interior dessa cidade vertical.

Segundo funcionários, não há grandes transtornos com relação aos elevadores nem mesmo em horários de maior movimento. Claro que para garantir a qualidade desse serviço, é de fundamental importância a participação dos moradores. Apertar o botão de chamada apenas uma vez, respeitar o número máximo de passageiros, não fazer brincadeiras ou movimentos bruscos que possam acionar os dispositivos de segurança, são alguns dos cuidados seguidos por eles e que garantem o bom funcionamento das máquinas que trabalham ininterruptamente, dia e noite. Para garantir maior segurança, a empresa Elevadores Multiel presta assistência técnica diária nos dois blocos do conjunto.

Devido à sua imensidão e ao grande número de moradores (atualmente cerca de cinco mil), o edifício JK passou a ser visto como um local de baixo nível, onde só moram prostitutas e homossexuais, no entanto, a realidade ali encontrada é outra e bem diferente. Márcia Cavalieri reside no "bloco A" há mais de doze anos e garante que o local é muito agradável para se viver. “Nesse tempo que moro aqui nunca presenciei coisas absurdas como às vezes se comenta lá fora”, comentou a moradora. Para ela, essa imagem negra do conjunto é um estereótipo que desaparece quando as pessoas visitam as dependências do JK. Os corredores são impecáveis, nota-se que a higiene é um dos fatores de preocupação da síndica Maria Lima das Graças.

O tempo passou e o Conjunto JK envelheceu, assim como nós humanos. Hoje se vê muito estrago e algumas áreas destruídas. Isso não significa que a população simplesmente deixou de cuidar dele. Uma reforma geral das duas torres está em andamento e deve se arrastar por muitos anos, afinal, o espaço é muito grande e muito dinheiro será necessário até que se conclua a obra. Quem passa nas proximidades do complexo JK, se for bem atento, poderá constatar o contraste entre os apartamentos que já foram reformados e os antigos, que causam uma má impressão aos olhos de quem circula na região. A moradora Márcia Cavalieri, citada anteriormente, garante que estão trabalhando a todo vapor, empenhados em mudar a cara do histórico conjunto habitacional mais famoso da capital mineira.

Diógenes Soares, de 34 anos, trabalha na administração do JK há 14. Ao perguntarmos se ele era o funcionário mais antigo dali, ele sorriu e chamou um senhor que estava no escritório. Trata-se de Nelson Rodrigues, não o escritor, claro. O senhor Nelson trabalha ali há 43 anos! “É uma vida”, diz ele.

É extremamente satisfatório a gente analisar de perto a base de sustentação dos dois edifícios. Dá uma impressão de que tudo está no ar. São várias colunas encravadas debaixo dos prédios, deixando a gente perplexo ao imaginar o peso que elas carregam. Com a correria do dia-a-dia as pessoas acabam não dando conta de apreciar certas belezas raras existentes na nossa cidade. Portanto, quando você passar próximo à Praça Raul Soares, lembre-se de contemplar uma das maiores obras assinadas por Niemeyer e que deixaram uma marca no cenário arquitetônico de Belo Horizonte.

quarta-feira, julho 25, 2007

O TRISTE FIM DOS CÃES ABANDONADOS

Os cães de estimação fazem parte da vida de muitos humanos e, em alguns casos, acabam sendo considerados como membros da família. Algumas pessoas, tão satisfeitas com o alto-astral provocado por esses animais, acabam adotando vários para o convívio familiar.

É o caso da dentista e jornalista Marisa Lyon, que cria seis cães e os considera como filhos. O maior sonho dela é abrir um orfanato para cães. Assim ela poderia adotar um grande número deles, evitando que ficassem vagando pelas ruas. “A amizade mais sincera que temos é a dos bichos”, diz Marisa.

Já os cães que não têm a sorte de ter um lar, recebem um fim muito triste quando são capturados e levados para o canil da prefeitura. Em Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte, 200 cães, em média, são capturados por mês e levados para o canil da prefeitura. Ali esses animais ficam à espera de que seus donos apareçam, para livrá-los do aterrorizante fim que lhes é imposto, a eutanásia. Os cães, mesmo estando ali destinados a morrer, recebem a assistência de uma veterinária e são bem alimentados. Depois de capturados pela “carrocinha”, eles precisam ficam três dias no canil, como determina o código de postura municipal e estadual, prazo em que alguns ainda têm a felicidade de serem procurados por seus donos e retornam para casa.

A poucas horas da morte, cães amontoados aguardam a sua vez

A população canina é significante em todas as cidades. Segundo Carlos Roberto da Silva, 48 anos, supervisor geral do Centro de Controle de Zoonoses, foram vacinados 21600 cães em 2005 somente em Ibirité e a previsão para 2006 era de 23000 animais.

Cuidados com a alimentação do seu cão:

Filhotes a partir de 45 dias de idade: ração para filhotes certamente é a melhor opção. Existem muitos tipos (secas, semi-úmidas ou úmidas), sabores (carne, frango, carneiro, fígado, etc.) e marcas no mercado. Na primeira consulta, o veterinário recomendará o tipo de ração que você deverá fornecer ao filhote. A quantidade de ração a ser dada varia com a raça e o peso do animal. Os fabricantes de ração, na própria embalagem do produto, fazem a recomendação da quantidade ideal. Mesmo que o filhote rejeite a ração, insista. Lembre-se que os filhotes comem menos à medida que vão crescendo. Não fique tentando oferecer outro tipo de alimento como carne e arroz, isso só vai piorar. Misture ração úmida, em latinha ou sachê, junto com a ração seca para torná-la mais atrativa.

Cães a partir de um ano de idade: ração para cães adultos: seca, úmida ou semi-úmida, duas vezes ao dia. Você pode misturar ração seca com ração úmida, seguindo a proporção indicada pelo fabricante.

quinta-feira, julho 19, 2007

UM MUNDO DE BELEZAS E INSEGURANÇAS

As belezas que a natureza nos deu de presente muitas das vezes não podem ser apreciadas, devido à preocupação que impera por todos os lados. A humanidade se afunda cada dia mais na insegurança que de mansinho se espalha ao redor do mundo. É difícil listar os países que estão sofrendo desse mal, afinal, a praga se espalhou de maneira assombrosa, a ponto de as pessoas não se sentirem seguras nem mesmo em suas próprias casas.

Crianças estupradas e atos terroristas são algumas das barbaridades que assustam a escritora Lya Luft , levando-a a publicar na “Veja” o seu ponto de vista sobre os cruéis protagonistas da covardia incessante. Ao lado de Lya, estão alguns outros milhões de pessoas indefesas e assustadas, à mercê da sorte, suplicando aos céus uma chance para sobreviverem.

Os abusos sexuais contra crianças e adolescentes, citados também por Lya, são mais comuns do que podemos imaginar. Essa atrocidade, além de ferir os preceitos divinos, deixam marcas irreparáveis que acompanham para sempre as vítimas. Na maioria das vezes elas se calam, pressionadas pelos próprios monstros que as molestam.

No Brasil, o país da impunidade, a classe política em sua maioria só se preocupam em articular falcatruas que lhes rendam muito dinheiro. Dormem um profundo sono e se esquecem que a vida é o mais importante dom dado a nós que, a cada dia, morremos ou perdemos um ente querido, simplesmente por não termos o direito de sentirmos o gosto da liberdade. Será que quando eles acordarem ainda estaremos vivos?