terça-feira, agosto 22, 2006

MARCOLA

Presidente Marcos Camacho
Ruither Ferrão



Carnaval, futebol e samba. Quando se fala do Brasil lá fora esses são os assuntos que mostram a nossa cara. Somos conhecidos como um povo hospitaleiro, tanto que, qualquer estrangeiro que aparece à nossa frente, a gente vai logo enrolando a língua e tenta fazer quase o impossível para mostrar o nosso lado amistoso e gentil. Independe se aquele estrangeiro é uma pessoa de bem ou um marginal, afinal, esse não traz uma estrela na testa.

Por falar em bandido, o tal país do samba, do futebol e do carnaval está infestado deles. Só que não se trata de qualquer pé-de-chinelo. Eles são tratados de “majestade” pelos seus seguidores e ocupam o primeiro lugar no escalão da selvageria. Comandam o país mesmo de dentro dos chamados “presídios de segurança máxima”. Bala perdida no Brasil? Ah, isso já faz parte do dia-a-dia da população, principalmente nos grandes centros urbanos.

Não bastasse a violência urbana que a gente vivencia em cada esquina, os tubarões que comandam o PCC resolveram dirigir uma onda de atentados que abalou o país no mês passado e manchou a nossa imagem ao redor do mundo. Os brasileiros assistiram temerosos e assustados aos ataques que, talvez não foram classificados de guerra por não estarmos no Iraque. Na noite do dia 19 de maio, o número de mortos chegava a 152.

Antigamente, quando se falava em uma ou duas mortes causadas por traficantes, bandidos, delinqüentes, malandros ou qualquer que seja o adjetivo, a população se assustava. Era uma calamidade! No entanto hoje, a coisa ficou tão banalizada que as mortes se dão por dezenas ou até centenas, que é o caso de São Paulo. Os presos tomam as rédeas da carruagem e detêm o poder.

Os nossos presídios não passam de locais de encontro para determinar o próximo cidadão a ser morto. Não importa quem. Pode ser um importante ou alguém desconhecido. Para os chefões, o que importa é mostrar que eles são os comandantes supremos.

Em assaltos corriqueiros nas ruas, ou a pessoa morre ou perde a vida. Morre, se for um endinheirado, pois, certamente tentará se defender. Agora, se o sujeito nota que a vítima não tem nada, ele simplesmente a impede de viver. Naquela hora o bandido sente prazer por haver eliminado mais um ser da face da terra.

Se os nossos governantes não abrirem os olhos, num futuro muito próximo, o país do carnaval, do samba e do futebol será governado por ninguém menos que um tal de Marcola. “Presidente Marcos Camacho”.

Nosso povo só quer uma coisa. O direito de viver. Para isso é preciso urgentemente dar um basta na VIOLÊNCIA!

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