segunda-feira, junho 25, 2007

QUEM NASCEU PARA SER JORNALISTA ENCONTRARÁ O SEU LUGAR

No jornalismo, assim como em qualquer outra área, é comum a falta de vagas para trabalho. Principalmente devido ao avanço tecnológico nos últimos anos. O que faz com que as empresas se adaptem ao menor número de funcionários possível. À medida que novos jornalistas vão se formando, a tendência é de que o mercado se feche cada vez mais, uma vez que não há espaço para todos.

Diante deste sério problema os novos profissionais começam a tomar outras direções em suas vidas, buscando uma maneira de conseguirem abocanhar uma fatia do bolo. Afinal, vários anos foram necessários para a formação acadêmica e muito dinheiro foi empregado durante todo este percurso.

Um funcionário para cada função é coisa do passado. Hoje as pessoas são obrigadas a desempenhar várias funções ao mesmo tempo se quiserem entrar ou permanecer no mercado. Para que isso aconteça é preciso estar bem preparado para enfrentar os desafios. Reciclar os conhecimentos, fazer novos cursos direcionados à área de atuação e aprender outros idiomas faz parte de uma série de requisitos impostos pelo competitivo mercado atual.

O produtor editorial, Artur Correa Teixeira formou-se no final do ano passado e considera-se uma pessoa de sorte. Como ele estava fazendo um estágio na área, assim que terminou o curso continuou trabalhando na mesma empresa. Segundo Artur, o produtor editorial trabalha junto a jornalistas, relações públicas e publicitários. Apesar de este profissional ainda não ser muito conhecido no mercado, ele se apresenta como um comunicador, gerenciador e criador de idéias, explica.

Artur diz que em qualquer área a experiência é fundamental para se conseguir um trabalho. Para ele, a possibilidade dos novos comunicadores se tornarem free lancers não é remota. “Infelizmente o mercado mineiro ainda é retraído para esta área e pouco valorizado”, reclama. Artur foi surpreendido com uma boa notícia que o deixou muito feliz. O curso de Produção Editorial do UNI-BH, do qual ele foi aluno, foi o único a obter nota máxima no Enade, dentre os poucos que conseguiram tal façanha em todo o país. Artur acha que isso pode ajudar muito aos novos profissionais da sua área. Ele dá uma dica para quem quer ter êxito na carreira profissional. Escrever bem deve ser a principal preocupação do candidato. “O "internetês" está alterando o nosso belo idioma. Todas as informações a que temos acesso hoje precisam ser aproveitadas urgentemente, pois estão aí os grandes males da geração com menos de 30 anos”.

Já o jornalista Rodolfo Schneider concorda que o mercado é restrito e que as oportunidades no jornalismo diário são cada vez mais escassas. No entanto, segundo ele, cabe aos novos profissionais buscar essas oportunidades em produtoras, assessorias ou, até mesmo, como free lancers. Rodolfo acha que as funções de relações públicas e assessoria de imprensa exigem especialização e que as pessoas que desejam atuar nesta área precisam de cursos específicos, já que é uma área totalmente diferente das redações.

O jornalista diz que já atuou como assessor de comunicação do BNDES e gostou muito. Rodolfo conta que, após estagiar por um ano na TV Bandeirantes, teve a sorte de ser contratado como repórter da Rádio Band News FM assim que formou. Depois de um ano como repórter e âncora no rádio, Rodolfo foi convidado a voltar para a TV, seu atual emprego. Ele reforça a idéia de que os novos jornalistas precisam estar sempre atualizados, aprender novos idiomas e, principalmente, estar bem
informados dos acontecimentos. “Continuo acreditando que quem nasceu com o jornalismo na veia, tem o faro para a notícia e aptidões para a função, sempre vai encontrar vaga no mercado”, conclui.

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